quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A CHAVE É MAIS TOLERÂNCIA

Fora os pés inchados, como sempre, adoro viajar. Nesta manhã na capital do Ceará, deparei-me logo às 05:00 h da manhã (esqueci de dizer: feliz ou infelizmente acordo e durmo com as galinhas) com a Revista Vida Simples. Não tem nada de autoajuda se foi o que vocês pensaram, ou que era uma revista sobre decoração. Vida Simples, tem como slogan: para quem quer viver bem mais e melhor, é uma revista que fala sobre viver bem, nada de naturalismo, vegetarianismo, simplesmente sobre viver bem. Na edição 84 do mês de outubro, encontrei uma reportagem com texto de Débora Didoné e ilustrações de Renato Faccini que vale à pena ser discutida aqui. Eu e você: NóS2 (pág 36 a 41)j0430628
A reportagem fala sobre os relacionamentos atuais, como as pessoas estão mais individualistas tanto o homem como a mulher. Lembrando da minha última postagem sobre o divórcio essa discussão aqui vai longe mesmo... Segundo Denise Gimenez Ramos, especialista em psicologia clínica da Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela afirma que o sujeito busca “inteireza nas coisas que o cerca”, para ela, “as pessoas se casam atraídas pela singularidade do outro”. E é aqui que chegamos no capitalismo selvagem, porque segundo a reportagem, as pessoas estão cada vez menos abrindo mão do que elas gostam em nome do amor. Pode parar para pensar que você vai encontrar alguém que prove esta teoria. Consegui me lembrar de vários casos bem próximos a mim. São essas diferenças que tornam o relacionamento melhor, pois os envolvidos devem respeitar essa singularidade que é importantíssimo para inclusive se manter um casamento. De acordo com o estudo da PUC-RJ Casamento Contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a conjugalidade, a especialista em Terapia Familiar e de casal Terezinha Féres-Carneiro assegura que em um relacionamento um e um são três. Isso porque o casal é uma junção de “2 sujeitos, 2 percepções de mundo e 2 projetos de vida que convivem com uma relação amorosa, um identidade conjugal e um projeto de vida de casamento”. Segundo a terapeuta, esse é o grande dilema dos casais de hoje em dia. Saber lidar com todas essas situações é muito difícil, principalmente porque as pessoas não se aprofundam no relacionamento e quando chegam aos 10 anos de casados optam pelo divórcio.
E como já postado anteriormente quem tem pedido mais separação: as mulheres! Estaremos nós menos tolerantes do que os homens, ou eles é que pararam no tempo e não nos acompanharam? Alguém se habilita? Depois do impacto das mulheres serem as maiores em pedir o divórcio várias teorias já saíram por aí. Coisas do tipo: “homem é um bicho que não presta mesmo, não tem coragem nem para colocar um ponto final no relacionamento, empurra tudo com a barriga mesmo!; “isso deve acontecer porque eles traem tanto que as mulheres não aguentam mais, porque se deixar, eles continuaram fazendo isso sempre!”... Mais alguém se habilita?
O ser humano não nasceu para viver só. Por isso a necessidade de se ter amigos e convivência com outras pessoas, isso de certa forma completa a existência do sujeito. Através deles j0438752nós temos um “aconchego intelectual”, segundo Flávio Gikovate. No caso do amor, a necessidade é diferente. “Nós queremos é um colo materno, uma referência que fica registrada no nosso subconsciente. Com o tempo e com a manifestação da sexualidade, essa sensação volta a definir as relações de um adulto.” Os relacionamento modificaram-se tal qual a sociedade. Ninguém mais vive só para o amor. Isso parece uma novela mexicana... O relacionamento com o tempo torna-se enfadonho, sem graça. Para isso os envolvidos precisam ter um convívio prazeroso para além do apenas amar, aproveitar os projetos de vida mais voltados para as atividades lúdicas.

Ao entrar em um relacionamento é preciso reconhecer como anda a sua autoestima. Isso porque podemos colocar no outro a “resolução” dos nossos problemas, como se o outro fosse capaz de resolvê-los. Segundo Cláudya Toledo, não há mais espaço nos relacionamentos para pessoas que não sejam autossuficientes. Também não há espaço para quem se deixa dominar pelo parceiro. Estar com os amigos é vital para o relacionamento, principalmente porque as amizades perduram mais do que o casamento. Antigamente as mulheres cediam e acatavam as vontades dos maridos, hoje a realidade é bem diferente. Com a inserção da mulher no mercado de trabalho, sendo ela muitas vezes a provedora da família, os pontos de vista mudaram bastante. O lugar da mulher no casamento modificou-se. Sabe-se que o ser humano é cheio de fraquezas e precisamos aprender a lidar com isso. Relacionamento antes de mais nada é ter um boa amizade com alguém que lhe completa. E viva as diferenças!

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